A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, declarou recentemente que apesar das constantes demonstrações de insatisfação do funcionalismo público, não teme greve de servidores durante a Copa do Mundo. A ministra voltou a reforçar que o governo entende que está cumprindo integralmente com os acordos firmados em 2012 quando mais de 90% das categorias do Executivo concordou em acatar reajuste de 15,8% dividido em três vezes (2013, 2014 e 2015). No entanto, há inúmeras cláusulas que permanecem estagnadas. A Condsef aponta o termo de acordo número 11 (veja aqui) como um dos exemplos de que itens urgentes da pauta dos servidores do Executivo seguem sem nenhum avanço significativo desde 2012. A Condsef também critica a postura inflexível do governo que se fechou para o diálogo com a categoria preferindo aceitar o risco de enfrentar greves em ano de Copa e eleições. Servidores da Cultura já aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 12 de maio. Outras categorias seguem debatendo a adesão a um movimento paredista. A possibilidade de uma greve geral não está descartada.
Os servidores seguem apostando no diálogo, mas reforçam a mobilização em torno de sua pauta. Essa semana novas atividades unificadas dos federais acontecem para tentar reverter a inflexibilidade do governo em busca da reabertura de um canal de negociações capaz de trazer soluções aos impasses colocados. Na quarta, 7, os federais realizam mais um ato em Brasília. A agenda da Condsef conta ainda com reunião do Conselho Deliberativo de Entidades no dia 6 e plenária nacional dia 8 onde a maioria dos servidores do Executivo segue discutindo processo de mobilização. Também no dia 6, servidores da Educação promovem um dia de lutas. Em todo o país também os dias 6 e 7 serão marcados por paralisações de atividades em diversos órgãos públicos.
A necessidade de antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015 continua em pauta; um pleito justo baseado em estudo feito pela subseção do Dieese na Condsef que mostra que a previsão da inflação superou o que o governo previa para o período. Mesmo com a negativa do Planejamento, a busca por reajuste de benefícios para o Executivo, como o auxílio-alimentação e saúde suplementar, sinalizada inicialmente como possibilidade, também segue entre as prioridades da categoria.
Se quiserem lutar por avanços nos processos de negociação com o governo os servidores devem acompanhar o calendário de atividades proposto em defesa da categoria e dos serviços públicos. O objetivo é intensificar as pressões junto ao governo para conquistar avanços nas negociações que seguem estagnadas.
Acompanhe o calendário e participe das lutas:
06/05 – Reunião CDE
07/05 – Ato nacional com marcha a Brasília
08/05 – Plenária Nacional da Condsef
Enviado pelo Diretor José de Arimatéia